Um post diferente... 09:24




Este Post é diferente, é dedicado as minhas leitoras.

Quando pensei em criar um blog, foi para matar essa sede e alimentar esse vicio que é escrever. Seja sobre mim, sobre os outros ou mesmo sobre todas nós. Afinal de contas, no final das contas coraçao de mulher é tudo igual, meio melodramático, meio impulssivo, meio assim cheio desses adjetivos que homem nenhum entende. E pensando nisso, me tornei amante das cronicas e dessa coisa toda que é contar historias em cima de situaçoes reais.
E de repente, casualmente entre tantos posts seguidos de choros, risos ou dramas apaixonantes, percebi que além de mim, tem quem goste também, que iguais a mim, tem milhoes a minha volta, que pensam, sentem e amam. Ah o amor...
Logo, em meio a tanto agradecimento, eu que sempre me dei tao bem com as palavras... me perco. Mas no momento seguinte me encontro em voces. Que embora desconhecidas por mim em sua maioria, preciso lhes agradecer... ao contrario de voces, eu que digo obrigada!
Obrigada pela visita, Obrigada por voltar... e volte sempre!
Esse espaço é feito de cronicas de um cotidiano meio louco contado em historias reais ou fantasiadas por mim, é doce... entao fiquem a vontade para experimentar!
Se deliciem... e sintam em cada palavra o sabor do primeiro pedaço.

do primeiro amor...
do primeiro desamor...
do primeiro choro...
do primeiro sutia...
do primeiro beijo...

Se Permitam...

O espaço é feito para voces! E eu torno agradecer...

deixando a porta aberta para um proximo encontro!

Beijos doces..
Com carinho

Ana Lima.

Sobre sorte... 12:39

Sem trevo de quatro folhas e pé de coelho pendurado na bolsa, me defino sortuda. Sem ganhar na loteria acumulada tenho ganhado milhões... de beijos e abraços todos os dias e por isso sim, sou a mulher mais rica do mundo. Rica de sonhos, medos, desejos e coragem. Porque riqueza não está só no bolso, mas na alma, no nosso estado de espírito. Sortuda porque sou do bem, faço o bem, e tenho alguém pra chamar de bem. Sorte tem muito mais a ver com simplicidade do que você imagina. E se o dia lá fora não amanheceu nublado, sorria. Se ta o maior temporal, sorria duas vezes. Você está com sorte! Você tem sorte por estar vivo, de ver o dia nascer cinza ou colorido. Você tem sorte de ter olhos que enxerguem e um coração que sente. Que sente muito mais do que você se permite sentir. Se desarme. Não quebre as regras. Mas não as siga com tamanha exatidão. Tome banho na chuva, hoje... Dispense o chuveiro quente. Vá à varanda, na calçada, pode está fazendo o maior sol. Arraste essas cortinas e esses chinelos também. Saia de casa. Telefone pra um amigo. Faça uma serenata. Surpreenda. Seja tudo o que você quer ser, agora. É tudo seu. Você tem fios de cabelo pra sentir embaralhar no rosto quando o vento bater forte. Ria do seu próprio tropeço. E se alguém tropeçar com você. Perdoe. Lembrando que você já tropeçou também. Seja o hoje, pensando que ontem já passou e você não pode ser mais. Seja sorte. Traga sorte. Doe sorte. Faça de alguém sortudo por conhecer você. Você é especial. Sinta-se especial. Ame, ame muito. Ame com tudo que pode. E chore pouco ou quase nada pelo que pouco importa. Abrace a vida com força. Não largue. Não desperdice chances. Tenha sonhos. Tenha fé. Nao perca fé. Agradeça. Tenha iniciativa. Não cruze os braços, deixe-os soltos e abrace, abrace sempre. Abrace agora, se abrace e faça de agora o momento mais importante da sua vida. E ao se perguntar o que a vida tem feito com você, antes se questione o que você tem feito com a vida?
Pense nisso.


Ninguém é tão alguém a ponto de ser de outro alguém. 22:20

O que faz uma pessoa ser de outra? Os olhos? O cabelo? Não. Ah, então são as mãos delicadas, as unhas sempre bem feitas e aquele nariz bem desenhado? Claro... como não poderia ser? Não. Não poderia, porque simplesmente não é.
Entenda que ninguém é tão alguém a ponto de ser de outro alguém. Somos únicos. Um só no meio dessa multidão de gente estranha, tão estranhas quanto nós. Meros estranhos. E que graça teria se relacionar com o próprio espelho? Nenhuma.
Logo querendo que o outro seja tão você a ponto de não te decepcionar além de ser egoísmo é ilusão. E a perfeição é mais problemática do que você imagina... Pois amor quando vem, vem de bagagem cheia, diferenças e semelhanças passam a morar na mesma casa chamada, relacionamento. E você não só se apaixona pelas qualidades e afins, você aprende a amar os defeitos do outro como também aprende a conhecer os seus e a principalmente reconhecer o quanto tem defeitos também.
E você percebe tudo isso quando o jeito dela falar gesticulando com as mãos, desajeitada e estranhamente linda faz ele perder o sono. E ela também não dorme a noite inteira quando ele ronca de um jeito estupidamente alto... E enlouquecedoramente apaixonante. E perder o sono já não incomoda, não fere, não machuca... Do contrário toda essa insônia possui anestesia própria. E ela perde o sono, não pelo ronco, mas por perceber que dormindo ele consegue ser ainda mais lindo e esquecendo os relógios ela o observa a noite inteira.
Amor, paixão... Doses de sentimentos estranhos fazem de nós ainda mais estranhos. Fazem de nós loucos. Loucos apaixonados. E quanta loucura saber que o jeito daquele cara fazer a barba, falar de boca cheia, deixar toalha em cima da cama, torcer contra o seu time, ouvir música clássica ou pirar no rock... Fazem da moça, uma tola apaixonada por ele. Ou quando é ela que faz tudo de maneira que ele discorde. De um Jeito que ele não gosta, ele sabe... Ah como sabe, que ainda sim suspira toda vez que ela chega perto.
E loucura mesmo é saber que podem eles ter mil defeitos entre si, mas isso de certeza não faz deles menos apaixonados um pelo outro. Mas que isso faz deles complementos um do outro. De maneira que separados já não funcionam mais, pois a toalha molhada tem o melhor cheiro do mundo, o dele depois do banho. E ele admite o quanto ela consegue ser charmosa fazendo tudo de um jeito tão errado...
Então meus caros, entendam que perfeição demais entedia. Os que muito se amam não são perfeitos. E sim são melhores, quando estão juntos.
E principalmente entenda que ninguém é tão alguém a ponto de ser um reflexo seu e de tudo o que você espera. Ou não mudaríamos o visual quando o que a gente vê no espelho já não agrada mais. Nao é mesmo?






Apenas mais um de amor. 18:53

Vem me acordar de novo. Quando a bandeja estiver posta sobre a cama, juro que não derrubo outra vez, juro que tento deixar meu desastre de lado e me equilibro entre uma surpresa boa e essa vontade de pular no teu pescoço e dizer o quanto Deus te desenhou lindo. Você me chama baixinho, diz bem mansinho que o dia já amanheceu que o sol te lembra à cor dos meus olhos, que aquele cereal é nosso e o mundo lá fora também. Você chega perto, coloca o travesseiro de maneira com que eu me sinta confortável e eu fico ali te olhando ter cuidado por nós dois, porque você sabe que se depender de mim nada permanece quieto e eu te bagunço de um jeito que você ri tão bobo, que só eu sei o quanto é lindo teu sorriso bobo. Eu te espero, te olho e não canso. Você me vem com boca, mãos, cheiro de sono e um jeito de cheirar meu pescoço que arrepia. Você tem mágica na ponta dos dedos e tem um jeito de falar sério que me tira do sério. E depois de tudo, teu bom dia ainda consegue ser maravilhoso e o resto do dia também. Depois de você me surpreender tanto, você ainda consegue ser mágico em cada toque seu no decorrer dos dias, semanas, meses... Gosto demais quando você dá pause no filme e me diz coisas sem sentido, me fazendo perder o juízo. Gosto também quando você aperta minha mão contra a sua naquela cena onde nos lembrou algo bom, e você sonha comigo sem dizer nada, sonho com você acordada e você não pensa duas vezes em virar meu rosto de um jeito que eu fique te olhando, esquecemos do filme, do pause, do controle e nada mais importa. Você gosta de me olhar tanto que eu já não me intimido e mergulho em águas verdes, claras, quentes, como os teus olhos e sem correr risco nenhum de afogamento, entendi bem que entre mim, você e o resto do mundo. Entre o teu ombro e a minha cabeça, entre os teus dedos e a ponta do meu nariz. Existe alguma coisa que eu não sei dizer. Existe um cheiro. Uma saudade de arranhar as costas mesmo estando perto. Alguns segundos, e pronto. Já te percebo. Te conheço. Eu já sei de cor teus jeitos e trejeitos. Você vai e é batata, esqueço com você meus braços, pernas, coração. Me esqueço em você e eu vou contigo, elevador abaixo. Você me rouba de um jeito que ainda que me tenhas, eu gosto demais de me fazer de refém dessa situação maluca que é ter que te condicionar a um resgate todos os dias. E lembrei do dia em que você me ofereceu felicidade, corri o risco, só não imaginei que fosse essa coisa absurda, gigante e linda que instalou no meu peito e faz morada desde o dia em que você chegou. Pra me fazer morrer de amor sem sentir dor. Pra me fazer amar assim, pelo tempo que o tempo correr e for. Que o tempo vá e voce venha amor. Pelo tempo que o tempo durar e for, que vá. Vem me acordar, amor.


Meras tentativas. 08:41

Quando tentei ser mais esperta, bancando a inteligente e arquitetando cada passo dado. Tropecei com o acaso naquela esquina. Quando eu tentei não me impor, não dizer nada, não sentir nada, não exagerar em nada. Me encontrei com o espelho e me surpreendi com o reflexo de uma situação inusitada. Quando eu tentei ser menos coração, mais razão, pé no chão. Me vi trancada em quarto escuro. Pra evitar tudo, briguei com o mundo. Comigo mesma, deixei pra depois o amor, pra não rimar com dor. Tentei me poupar, tentei não gritar. Calei. E aquilo corroia, arranhava, esmagava tudo aqui dentro. Tentei ser forte querendo não querer, fingindo não saber, mentindo não sentir e fugindo por fugir. Me seqüestrei sem direito a resgate, eu quis ser minha. Quis não dividir nada, me julguei merecedora do quanto eu poderia me dar, entregar, amar. Eu tentei não me largar, não deixar escapar um pedaço se quer dessa coisa toda de número dois, essa fórmula que inventaram esse querer de querer bem o outro e namorar na almofada pra dormir bem depois. Tentei dispensar as almofadas, recusei o óbvio, recusei com pressa. Tentei não acreditar em destino. E virei fã de coincidências. Deixei pra lá tudo que rimasse com semelhança, com afinidade. Com medo de ter certeza, pois tendo certeza tudo é mais seguro. É certo. E eu quis não me manter a par de nada, olhei pros lados e disfarcei cada olhar certo, fiz dos meus incertos e tentei me conter. Contradição. Tudo em vão, meras tentativas, tudo em vão. Pois nenhuma fantasia resiste a uma realidade absurda. Nenhum faz de conta, resiste a uma história real. Ninguém pode ser alguém a não ser você mesmo. E de nada adianta procurarmos mil motivos pra ir se mil acasos nos fazem ficar. Senti saudades de mim. E depois de tantos tombos, eu ainda prefiro a queda, o risco, o erro. Do que manter inteiro um coração resignado. Prefiro um triz, a fração de um segundo, as pazes com o mundo, com o destino, com o meu sorriso, com o acaso. Redescobri o poder que tem um abraço. E voltei a acreditar que coração nenhum consegue ser de aço.

Quando ele não liga. 05:24

O cara pede o número dela, ela espera. Até toma banho com o celular na saboneteira, e ele não liga. O cara não liga e o prazo é duas semanas. Uma de espera e a outra de desespero. Um misto de ansiedade e esperança faz a moça perder o sono e se culpar por tudo o que deve lá não ter que não agradou o carinha. A primeira semana até que é tranqüila, vale até falar com o espelho testando tom de voz e separar a roupa pro próximo encontro, claro que eles vão sair, como não? E o cara ainda nem ligou. E já estão lá o vestido, sapatos, o tom de voz e o melhor ângulo pra dessa vez não perder o da vez. Tudo bobagem. Sete dias, uma semana. E nada. Ela também não liga, e se tinha o número a essa altura do campeonato já apagou, pra não correr o risco de ligar pra ele. Pois muito bem. Segunda fase. O vestido volta pro armário junto com os sapatos e aquele ângulo que não ia falhar de certeza foi parar na gaveta junto com tantos outros. Coitada. Ele ainda não ligou, e já estamos no décimo dia. Como não? O que eu tenho, ou não tenho? O que falta? O que ele quer? Será que são meus olhos ou aquela celulite? Será meu cabelo? Minha boca, meu jeito? Ela se pergunta, querendo resposta. Em vão. Antes do prazo terminado já com a paciência por um fio e a esperança por meio desse fio. Ela começa a se desculpar por ele, a criar desculpas sem pé nem cabeça pra justificar o esquecimento ou mesmo por não querer encarar que não foi dessa vez. E imagina que ele não ligou por que a avó deve estar doente, por que pode ter ido visitar um parente, pode estar em uma floresta deserta, o celular pifou, ele perdeu o número, será que eu dei o número certo? E se ele estiver me procurando, ou estiver esperando eu ligar? Ah... E por tantos outros motivos que não convencem nem criança na troca de um pirulito. E vem agora a fase do deixar pra lá, e promete nunca mais esperar ligação de cara nenhum, promete não separar a roupa e se ele ligar a voz vai estar rouca mesmo, se aparecer o rosto vai estar inchado, e que não vai mais se programar pra uma expectativa em vão. Tudo mentira. E ela promete, jura, vai pra academia, por um momento esquece, esquece a celulite, esquece o carinha e esquece de esperar pela ligação dele. Esquece ali, naquele instante. Pois basta o próximo pedir o número pro prazo voltar e ela esperar. Esperar por esperar. Tudo de novo. Vai dizer que não?

O que não entra na cabeça de mulher. É que se o cara quer, ele liga. Se ele está afim de você, ele vai te procurar e não vai ser porque o celular por um descuido caiu na vala que ele vai desistir de você. Se ele não ligou. É simples. Não foi. Não era pra ser. O problema não é a sua celulite ou sua raiz do cabelo que está por fazer. O problema talvez não seja nem nele. Ou talvez até seja. Mas quer saber? Pouco importa. Homens problemáticos por aí tem aos montes, mas poucos que vão merecer você. Mulher é bicho desesperado, o cara esbarra na sua caipirinha e pronto, já pensa em casar, ter filhos e comprar uma casa na praia. Coitada. Não programe. Não se precipite. Não exagere. Não corra na direção contrária. Seja paciente e viva tudo no seu tempo certo. Sem forçar a barra, sem forçar nada. Sem dizer nada. Seja você, rouca, louca, boba, tola. As coisas são como são no tempo exato. Se ele gostar de você, vai ligar, vai procurar e vai exagerar assim como você. Vai esperar pelo próximo encontro, vai separar a roupa, ensaiar a voz rouca e vai gostar de você louca, boba, tola (...) !

Pra te chamar de meu. 07:25

Com você eu guardo segredos que não sei contar. Pra você eu conto segredos que não sei guardar. Uso palavras que não sei soletrar. Invento mistérios que não sei desvendar. Faço barulho pra não silenciar. Calo a boca pra não te incomodar. E grito pra te assustar. Não uso mentiras pra te impressionar. E digo verdades pra te fazer ficar. Não disfarço o medo. Não sei conter o riso. E me visto de um sentimento incontido, não proibido. Você sabe o jeito certo de fazer tudo bagunçar. Virar. Descontrolar e no tempo certo voltar pro lugar. Hoje eu te quis um pouco mais perto, arrastei tua cadeira até que ela encostasse na minha e me instalei no teu ombro. Por um instante. Naquele instante. Desmontamos. Quebramos. Viramos poeira. Eu e minhas teorias. Criei coragem e me desarmei pela metade, pois você cuidou de todo o resto. Me fez refém e eu me rendi. Entreguei os pontos. Joguei a toalha. Esqueci o jogo. E quis mais de você. Quis você inteiro. Quis te chamar de meu. Quis ser tua. E naquele instante, quis mais um bocado dessa coisa toda que é ter você só pra mim. Naquele instante esqueci tudo o que me ensinaram sobre impulso e sobre o mau caráter dos homens. Senti o coração esfriar, esquentar, acelerar, relaxar. Senti tudo. Senti paz. Senti você tão perto, mas tão perto... Que quis esquecer o instante por sentir medo. Foi então que eu voltei pra casa e me esqueci em você. Pensei no instante, pensei em você e em não te esquecer. Estalei os dedos e acordei pela metade, com uma saudade do seu formato em mim. Quis você de novo. Sem medo, sem culpa, sem espera, sem jogo. E é nessa contradição, é nesse misto de sentimento e medo que eu te encontro, e me perco, sem pressa nenhuma de achar o caminho de volta.